O Caso Mantell - Obscura Verdade

Apenas os Pequenos Segredos Precisam ser Guardados, Os Grandes Niguém Acredita - Herbert Marshall

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13 de fev. de 2013

O Caso Mantell

Quando se fala em ufologia, poucos se lembram de um dos casos mais fantásticos envolvendo supostos OVNIs e aviões militares. Com o passar dos anos, o fato caiu no esquecimento.

Em 1948, centenas de pessoas assistiam atônitas, a perseguição de um objeto voador não identificado por uma patrulha de caças americanos. Infelizmente, com um desfecho trágico para o seu líder, o capitão Thomas F. Mantell. Fato que ficou historicamente conhecido como o “Caso Mantell”.


No final da manhã de 07 de fevereiro de 1948, um estranho objeto foi avistado cruzando vagarosamente os céus do estado americano de Kentucky. Por volta das 13:00, pessoas assustadas começaram a ligar para a polícia da cidade de Marsiville, mas logo depois começariam as ligações também para as autoridades das cidades de Irvington e Owensboro.

Calmamente, o estranho objeto seguia rumo ao Fort Knox, importante depósito do tesouro americano. Por volta das 13h:15min foi detectado nos radares da Base Aérea de Godman. Imediatamente foi dado o alarme. As 13:45, o sargento Quinton Blackwell viu, através de binóculos, o objeto da sua torre de observação, no Fort Knox. Duas outras testemunhas na torre também viram o OVNI. Segundo eles, o objeto era muito branco, do tamanho de um quarto da Lua cheia. Aparentava ter uma borda vermelha e deixava uma névoa esverdeada em seu rastro. Ele ficou parado na região por cerca de uma hora e meia, fazendo várias manobras.

Uma hora depois das primeiras aparições, uma esquadrilha de quatro caças F-51D Mustangs, da Guarda Aérea Nacional, liderados pelo experiente e condecorado piloto de guerra, o capitão Thomas Mantell, regressava de um rotineiro voo de exercícios na região. O controlador de terra notificou a esquadrilha sobre a presença do estranho objeto entre as nuvens da região. Pediu-lhes para iniciarem uma abordagem. De imediato, um dos pilotos informou ter pouco combustível e pediu autorização para pousar. Os demais iniciaram a perseguição.

Em pouco tempo, conseguiram avistar o objeto, mas naquela distância era impossível identificá-lo precisamente. Devido à altitude que atingiam durante a perseguição, e a falta de oxigênio, os outros dois pilotos também pediram autorização para abortar a missão. Ao atingirem 6.900 metros e com os aviões apresentando panes elétricas, os outros dois pilotos, ambos tenentes, Albert Clemmons e Hammond, têm os seus pedidos atendidos.

O capitão Mantell, um piloto que já provara a sua bravura durante os desembarques Aliados na Normandia durante a Segunda Guerra Mundial, decidiu continuar a perseguição. Ele continuou subindo e se aproximando do objeto não identificado. Pouco tempo depois, os controladores em terra ainda o ouviram dizer excitado: “O objeto está diretamente à frente e acima de mim agora, movendo-se a cerca de metade da minha velocidade… Ele parece ser um objeto de metal ou, possivelmente, o reflexo do Sol em algum objeto metálico e é de tamanho enorme… Eu ainda estou subindo… Estou tentando me aproximar para ver melhor…”

Na sequência, o silêncio. Eram 15:15. Para o espanto de várias testemunhas que acompanhavam a cena, abruptamente o caça de Mantell mudava a trajetória e iniciava um mergulho em espiral até se chocar contra o solo. Uma hora depois, as autoridades encontram os destroços do avião próximo a uma fazenda, ao sul da cidade de Franklin, no estado do Tennessee. O corpo de Mantell estava decapitado. Segundo fontes não oficiais, ele apresentava ainda uma série de perfurações minúsculas, ferimentos totalmente incomuns em vítimas de acidentes aéreos. Seu relógio parara às 15h18, três minutos depois do último contato com a base. A perseguição durara quase 100 km. Meia hora depois, o OVNI foi visto em outra região do Tennessee.

No outro dia, jornais de todo os país noticiavam o caso em suas primeiras páginas. Um periódico de grande circulação no estado de Kentcky chegou a estampar uma suposta guerra interplanetária em sua capa. A manchete dizia com letras garrafais: “O avião de Mantell foi desintegrado pelo raio da morte dos marcianos”. Exageros à parte, a população estava assustada.


O caso foi logo investigado pelo Projeto Sing, um departamento recentemente criado para averiguar fenômenos ufológicos. Mas nunca chegaram a uma conclusão definitiva.

Por sua vez, investigadores da Força Aérea Americana inicialmente concluíram que a causa do acidente foi o fato de Mantell ter confundido a suposta nave com o planeta Vênus. Ao atingir uma altitude excessiva, faleceu por anoxia (falta de oxigênio). Tal conclusão gerou indignação entre os companheiros de Thomas Mantell, pois seria impossível um piloto como ele, um herói de guerra, cometer tamanho erro. Questionaram também sobre a impossibilidade de se confundir um objeto nos céus com Vênus, dado o horário do ocorrido, sem contar o fato de que um planeta não seria detectado pelos radares da região.

Posteriormente, as autoridades mudaram a versão, trocando Vênus por um dos secretos balões meteorológicos Skyhook, da Marinha Americana. Mas tal suposição foi facilmente rebatida, já que nenhum desses balões foi lançado naquele dia, na região. O relatório final da Força Aérea consta como indeterminada a causa do acidente, “sendo provável uma ação externa para a queda da aeronave”.

Passados mais de 60 anos nunca se descobriram realmente o que aconteceu com o capitão Thomas Mantell em seus últimos instantes de vida. Segundo o historiador David Michael Jacobs, depois desse incidente, aumentou-se drasticamente a preocupação pública sobre os OVNIs. Já que além de extraterrestres, eles poderiam ser também potencialmente hostis. Thomas Mantell tinha 25 anos quando faleceu. Deixou esposa e dois filhos pequenos. Hoje, ele é considerado um herói na cidade americana de Franklin, no estado do Tennessee.

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