Escolas o Câncer da Sociedade - Obscura Verdade

Apenas os Pequenos Segredos Precisam ser Guardados, Os Grandes Niguém Acredita - Herbert Marshall

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14 de fev. de 2014

Escolas o Câncer da Sociedade


Os pais enviam seus filhos para a escola com a melhor das intenções, acreditando que isso é o que elas necessitam para se tornarem adultos produtivos e felizes. Muitos têm dúvidas sobre o desempenho das escolas, mas a sabedoria convencional é que essas questões podem ser resolvidas com mais dinheiro, melhores professores e um currículo mais desafiador e/ou testes mais rígidos.

Mas e se o problema for a escola em si? O triste fato é que uma das nossas instituições mais apreciadas é, por sua própria natureza, um fracasso para com nossas crianças e nossa sociedade.

A escola é um lugar onde as crianças são obrigadas a estar, e onde sua liberdade é muito restrita – muito mais restrita do que muitos adultos tolerariam no seu ambiente de trabalho. Nas décadas recentes, nós temos obrigado nossas crianças a passar mais tempo ainda nesse tipo de ambiente, e existe forte evidência  que isso está causando danos psicológicos a muitas delas. Além disso, quanto mais os cientistas conhecem sobre como as crianças aprendem naturalmente, mais percebemos que as crianças aprendem mais profunda e integralmente, e com mais entusiasmo, em condições que são praticamente opostos àquelas da escola tradicional.

A educação compulsória tem sido uma fixação de nossa cultura por muitas gerações. Atualmente, para a maioria das pessoas é difícil até mesmo imaginar como as crianças aprenderiam o que devem para alcançar o sucesso sem a existência da escola em nossa cultura. O presidente Obama e seu secretário da educação Arne Duncan estão tão apaixonados pela escola que até mesmo querem dias e anos escolares mais longos. A maioria das pessoas assume que o design básico das escolas, como é hoje, emergiu de evidência científica sobre como as crianças aprendem melhor. Nada poderia estar mais longe da verdade.

As escolas, como as conhecemos hoje, são um produto da história, não da pesquisa sobre como as crianças aprendem. O projeto ainda utilizado para as escolas atuais foi desenvolvido durante a Reforma Protestante, quando as escolas eram criadas para ensinar as crianças a ler a Bíblia, acreditar nas escrituras e obedecer às figuras de autoridade sem questionamentos. Os primeiros fundadores das escolas estavam cientes desse fato em seus escritos. A ideia de que as escolas poderiam ser lugares para o desenvolvimento do pensamento crítico, criatividade, autoiniciativa ou habilidade autodidata – os tipos de habilidades mais necessários para o sucesso na economia atual – era a coisa mais distante de suas mentes. Para eles, a obstinação era um pecado que deveria ser retirado das crianças [se necessário, pela força], não algo a ser encorajado.

Quando as escolas passaram à administração do estado e se tornaram compulsórias e direcionadas a fins seculares, a estrutura básica e os métodos de ensino permaneceram inalterados. Tentativas subsequentes de reforma falharam porque, embora tenham logrado algumas modificações na estrutura, não alteraram o projeto básico. Esse método de cima para baixo, ensino e teste, no qual o ensino é motivado por um sistema de recompensas e punições em vez da curiosidade ou desejo real e verdadeiro pelo saber, é ideal para a doutrinação e treinamento de obediência, mas não para muito mais. Não é surpresa que a maior parte dos grandes empresários e inovadores ou deixaram a escola cedo (como Thomas Edison) ou disseram que odiavam a escola e aprenderam apesar dela, não por causa dela (como Alberto Einstein).

Não é surpresa que, hoje, mesmo os “melhores estudantes” (talvez especialmente eles) frequentemente relatam que são “queimados” pelo processo escolar. Um graduando recente, explicando a um repórter de jornal porque ele estava adiando a faculdade, colocou dessa forma: “eu fui consumido com o dever de me sair bem e não dormi muito nos últimos dois anos. Eu tinha 5 ou 6 horas de tarefas de casa a cada noite. A última coisa que eu desejava era mais do mesmo”.

A maior parte dos estudantes – sejam estudantes 10, 7 ou repetentes – perdeu seu gosto pelo aprendizado no momento que chegam no Ensino Médio. Em um estudo recente, Czikszentmihalyl e Jeremy Hunter colocaram em mais de 800 estudantes da 6ª até a 12ª, de 33 escolas diferentes do país, um relógio de pulso especial que emitia um sinal em momentos aleatórios do dia. Sempre que o sinal aparecesse, eles deveriam preencher um questionário indicando onde estavam, o que estavam fazendo e quão felizes ou tristes estavam naquele momento. De longe, os menores níveis de felicidade ocorriam quando estavam na escola e os maiores níveis ocorriam quando estavam fora da escola, brincando ou conversando com amigos. Na escola, eles estavam frequentemente aborrecidos (chateados), ansiosos ou ambos. Outros estudos mostraram que, com o passar dos anos escolares, os estudantes desenvolvem uma atitude negativa crescente em relação às disciplinas ensinadas, especialmente matemática e ciências.

Como sociedade, costumamos agir com indiferença frente a tais achados. Não nos surpreende que o aprendizado seja desagradável. Nós o consideramos como um remédio amargo, difícil para engolir, mas bom para as crianças no longo prazo. Algumas pessoas até pensam que o próprio aborrecimento da escola é bom para as crianças, de forma que irão aprender a tolerar o aborrecimento, porque a vida depois da escola é desagradável (chata). Talvez essa visão triste da vida deriva da escola. Obviamente, a vida tem seus altos e baixos, na infância e na fase adulta. Mas existem muitas oportunidades para aprender a tolerar o aborrecimento sem acrescentar o chato sistema educacional à mistura. Pesquisas têm mostrado que pessoas de todas as idades aprendem mais quando estão automotivas, perseguindo respostas para suas próprias perguntas, e objetivos que são seus reais objetivos. Em tais condições, a aprendizagem é quase sempre prazerosa.Os pais enviam seus filhos para a escola com a melhor das intenções, acreditando que isso é o que elas necessitam para se tornarem adultos produtivos e felizes. Muitos têm dúvidas sobre o desempenho das escolas, mas a sabedoria convencional é que essas questões podem ser resolvidas com mais dinheiro, melhores professores e um currículo mais desafiador e/ou testes mais rígidos.

Mas e se o problema for a escola em si? O triste fato é que uma das nossas instituições mais apreciadas é, por sua própria natureza, um fracasso para com nossas crianças e nossa sociedade.

A escola é um lugar onde as crianças são obrigadas a estar, e onde sua liberdade é muito restrita – muito mais restrita do que muitos adultos tolerariam no seu ambiente de trabalho. Nas décadas recentes, nós temos obrigado nossas crianças a passar mais tempo ainda nesse tipo de ambiente, e existe forte evidência (resumida em meu recente livro) que isso está causando danos psicológicos a muitas delas. Além disso, quanto mais os cientistas conhecem sobre como as crianças aprendem naturalmente, mais percebemos que as crianças aprendem mais profunda e integralmente, e com mais entusiasmo, em condições que são praticamente opostos àquelas da escola tradicional.

A educação compulsória tem sido uma fixação de nossa cultura por muitas gerações. Atualmente, para a maioria das pessoas é difícil até mesmo imaginar como as crianças aprenderiam o que devem para alcançar o sucesso sem a existência da escola em nossa cultura. O presidente Obama e seu secretário da educação Arne Duncan estão tão apaixonados pela escola que até mesmo querem dias e anos escolares mais longos. A maioria das pessoas assume que o design básico das escolas, como é hoje, emergiu de evidência científica sobre como as crianças aprendem melhor. Nada poderia estar mais longe da verdade.

As escolas, como as conhecemos hoje, são um produto da história, não da pesquisa sobre como as crianças aprendem. O projeto ainda utilizado para as escolas atuais foi desenvolvido durante a Reforma Protestante, quando as escolas eram criadas para ensinar as crianças a ler a Bíblia, acreditar nas escrituras e obedecer às figuras de autoridade sem questionamentos. Os primeiros fundadores das escolas estavam cientes desse fato em seus escritos. A ideia de que as escolas poderiam ser lugares para o desenvolvimento do pensamento crítico, criatividade, autoiniciativa ou habilidade autodidata – os tipos de habilidades mais necessários para o sucesso na economia atual – era a coisa mais distante de suas mentes. Para eles, a obstinação era um pecado que deveria ser retirado das crianças [se necessário, pela força], não algo a ser encorajado.

Quando as escolas passaram à administração do estado e se tornaram compulsórias e direcionadas a fins seculares, a estrutura básica e os métodos de ensino permaneceram inalterados. Tentativas subsequentes de reforma falharam porque, embora tenham logrado algumas modificações na estrutura, não alteraram o projeto básico. Esse método de cima para baixo, ensino e teste, no qual o ensino é motivado por um sistema de recompensas e punições em vez da curiosidade ou desejo real e verdadeiro pelo saber, é ideal para a doutrinação e treinamento de obediência, mas não para muito mais. Não é surpresa que a maior parte dos grandes empresários e inovadores ou deixaram a escola cedo (como Thomas Edison) ou disseram que odiavam a escola e aprenderam apesar dela, não por causa dela (como Alberto Einstein).

Não é surpresa que, hoje, mesmo os “melhores estudantes” (talvez especialmente eles) frequentemente relatam que são “queimados” pelo processo escolar. Um graduando recente, explicando a um repórter de jornal porque ele estava adiando a faculdade, colocou dessa forma: “eu fui consumido com o dever de me sair bem e não dormi muito nos últimos dois anos. Eu tinha 5 ou 6 horas de tarefas de casa a cada noite. A última coisa que eu desejava era mais do mesmo”.

A maior parte dos estudantes – sejam estudantes 10, 7 ou repetentes – perdeu seu gosto pelo aprendizado no momento que chegam no Ensino Médio. Em um estudo recente, Czikszentmihalyl e Jeremy Hunter colocaram em mais de 800 estudantes da 6ª até a 12ª, de 33 escolas diferentes do país, um relógio de pulso especial que emitia um sinal em momentos aleatórios do dia. Sempre que o sinal aparecesse, eles deveriam preencher um questionário indicando onde estavam, o que estavam fazendo e quão felizes ou tristes estavam naquele momento. De longe, os menores níveis de felicidade ocorriam quando estavam na escola e os maiores níveis ocorriam quando estavam fora da escola, brincando ou conversando com amigos. Na escola, eles estavam frequentemente aborrecidos (chateados), ansiosos ou ambos. Outros estudos mostraram que, com o passar dos anos escolares, os estudantes desenvolvem uma atitude negativa crescente em relação às disciplinas ensinadas, especialmente matemática e ciências.

Como sociedade, costumamos agir com indiferença frente a tais achados. Não nos surpreende que o aprendizado seja desagradável. Nós o consideramos como um remédio amargo, difícil para engolir, mas bom para as crianças no longo prazo. Algumas pessoas até pensam que o próprio aborrecimento da escola é bom para as crianças, de forma que irão aprender a tolerar o aborrecimento, porque a vida depois da escola é desagradável (chata). Talvez essa visão triste da vida deriva da escola. Obviamente, a vida tem seus altos e baixos, na infância e na fase adulta. Mas existem muitas oportunidades para aprender a tolerar o aborrecimento sem acrescentar o chato sistema educacional à mistura. Pesquisas têm mostrado que pessoas de todas as idades aprendem mais quando estão automotivas, perseguindo respostas para suas próprias perguntas, e objetivos que são seus reais objetivos. Em tais condições, a aprendizagem é quase sempre prazerosa.


Fonte: libertarianismo

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